LIXÕES EM TOCANTINÓPOLIS (TO), AMEAÇAM O MEIO AMBIENTE E A SAÚDE PÚBLICA
Lixões à céu aberto próximo ao núcleo urbano de Tocantinópolis (TO). (foto: Antônio Veríssimo. Maio de 2014) |
Temos
observado uma crescente insatisfação e preocupação da sociedade, com os problemas
decorrentes da falta de responsabilidade ambiental e má gestão dos resíduos
sólidos que são produzidos diariamente nas cidades. Entretanto percebemos de
parte dos gestores públicos pouco ou nenhum interesse em administrar e resolver
essa grave situação dos lixões que a cada dia se acumulam nas redondezas e
proximidades dos centros urbanos das pequenas, médias e grandes cidades do Brasil.
A placa indica local à céu aberto destinado à carcaças e
vísceras de animais. (foto: Antônio Veríssimo. Maio/14)
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No caso de
Tocantinópolis (TO), a situação é séria e vergonhosa. Nesse município o lixão
fica localizado próximo a algumas cabeceiras nascentes de ribeirões que correm
e passam dentro desta cidade. O mencionado lixão fica distante à apenas 2 km da
divisa Sul do Território Apinajé, assim notamos uma
flagrante agressão ambiental e grave ameaça à saúde da população indígena, situação
que a sociedade civil e a imprensa devem denunciar.
As margens
da principal estrada vicinal de acesso às aldeias São José e Serrinha, durante
todo ano, são despejados milhares de toneladas de lixo a céu aberto,
comprometendo e ameaçando o solo, os mananciais hídricos e o ar, que podem
estar sendo seriamente poluídas ou contaminadas por resíduos oriundos das
indústrias, residências, comércios e até de hospitais. Dessa forma na época das
chuvas, matérias poluentes são levadas pelas águas das chuvas até as nascentes
da região e na estiagem toneladas lixos são queimados, lançando no ar partículas
nocivas e tóxicas que podem causar ou agravar as doenças respiratórias das
pessoas e animais que moram e vivem nas vizinhanças desse lixão.
Lixo sendo queimado; flagrante de irresponsabilidade ambiental. (foto: Antônio Veríssimo. Maio de 2014) |
Solicitamos da FUNAI, MPF/AGA, IBAMA e NATURATINS uma fiscalização
no sentido de obrigar as prefeituras municipais cumprirem os prazos
estabelecidos pelo Governo Federal para implantação de aterros sanitários indispensáveis
para correta destinação desses resíduos sólidos. Sendo essa também uma das condições
e medidas necessárias para garantir a conservação ambiental, o saneamento
básico e a melhoria da saúde da população.
Terra
Indígena Apinajé, 16 de maio de 2014.
Associação União das Aldeias Apinajé-PEMPXÀ.
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