19 de jun. de 2016

CERRADO

5º Modulo do Curso de Formação PNGATI Cerrado
                                                * Srewe Brito Xerente
Plenária do Curso realizado de 13 a 17/06/16, em Brasília (DF). (foto: Antonio Veríssimo. Junho de 2016)
       Com inicio em 22 de junho de 2015, foi finalizado dia 17 de junho de 2016. O curso foi distribuído em 5º Módulos. Cerca de 40 cursistas dos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais e Maranhão participaram. O curso foi voltado para indígenas e não indígenas gestores públicos do cerrado.
      O objetivo do Curso foi melhorar a compreensão sobre o que é a PNGATI, seus objetivos, diretrizes e eixos. “Com o Curso, tanto servidores públicos, quanto indígenas e sociedade civil passaram a compreender melhor os desafios inerentes à gestão ambiental em Terras Indígenas. Agora, poderão contribuir na implementação da política, fornecendo oportunidades de diálogo, reflexão, construção e proposição conjunta de ações”, explica o analista ambiental Rodrigo Medeiros, do Departamento de Extrativismo do MMA.
     O curso conta com o apoio do Projeto GATI (Gestão Ambiental e Territorial Indígena), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF).
Cursistas dos povos Gavião (MA) e Bakairi (MT) em Trabalhos de Grupo. (foto: Antonio Veríssimo. Junho de 2016)
      A metodologia alternada teve um conjunto limitado de dinâmicas e recursos formativos, como exposições dialogadas em painéis, trabalhos e dinâmicas em grupo a partir de perguntas orientadoras, debates em plenária, exibição e debate de audiovisuais, conforme os conteúdos programáticos e cronogramas onde no final do curso foram apresentadas Trabalhos de Conclusão do Curso - TCC. 
   O curso contou com expositores mestres indígenas e não indígenas enriquecendo mais o aprendizado. Para o Srêwĕ Xerente, coordenador da MOPIC, o Curso de Formação em PNGATI Cerrado despertou a reflexão de que o bioma é muito importante para o Brasil e para o mundo, com mais de 13 mil espécies nativas corre sério risco em degradação e extinção do bioma com avanços do agronegócio. A caixa d’agua do Brasil esta em risco de secar e assim matar as vidas existentes no Bioma Cerrado. Conclui. Srêwĕ também é presidente da Articulação dos Povos Indígenas do Tocantins – ArPIT. Indígenas do Tocantins, membros dos povos: Apinaje, Karajá e Xerente participaram do curso. Também, servidores da Funai/TO, da UFT e do NATURATINS cursaram o formar PNGATI. Todos os cursistas receberão o Certificado que será emitida pela UNB- Universidade de Brasília.
   A Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI) foi instituída pelo Decreto presidencial nº 7.747/2012, após cerca de três anos de construção, num amplo processo de consulta e diálogo com o movimento indígena. Tem como meta promover e garantir a proteção, recuperação, conservação e o uso sustentável dos recursos naturais nos territórios indígenas.
     Além disso, a iniciativa visa a melhoria da qualidade de vida dos indígenas com condições plenas para a reprodução física e cultural das atuais e futuras gerações, garantindo a integridade do patrimônio material e imaterial desses povos. 


Informações complementares estão disponíveis: site: www.funai.gov.br  e www.mma.gov.br. 

*Presidente da Articulação dos Povos Indígenas de Tocantins - ArPIT e coordenador do Mobilização dos Povos do Cerrado - MOPIC

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