GRANDES PROJETOS
Polícia Ambiental e FUNAI, flagram homens desmatando entorno da área Apinajé, no município de Tocantinópolis. (foto: Marcelo G. Brasil/FUNAI. Set. 2014) |
Plantações de eucaliptos no entorno da área Apinajé, no município de São Bento do Tocantins. (foto: Antônio Veríssimo. Mar. 2012)
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Em 2012 o Ministério Público Federal/Araguaína-MPF-AGA, levantou 494 empreendimentos de silvicultura no Norte do Estado do Tocantins. Ao menos 20 desses projetos foram implantados nas vizinhanças das Terras Apinajé e Krahô, localizadas nos municípios de Tocantinópolis, São Bento do Tocantins, Cachoeirinha, Itacajá e Goiatins.
Até que se prove o contrário,
esses empreendimentos foram licenciados de forma irregular, uma vez que foram emitidas
licenças pelo Instituto Natureza do Tocantins-NATURATINS, sem a participação da
Fundação Nacional do Índio-FUNAI e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA, nos Processos de Licenciamentos. Também
verificamos a total ausência de Estudos de Impactos Ambiental-EIA/RIMA,
obrigatórios para empreendimentos desse porte.
Os povos Apinajé, Krahô e Xerente já sofrem com impactos ambientais provocados pelos desmatamentos para cultivos de eucaliptos, soja e cana,
considerados altamente destruidores da fauna e da flora. É sabido que essas
atividades econômicas também são causadoras de assoreamentos, diminuição dos
mananciais de água, seca total de nascentes e extinção de espécies de animais
e vegetais. Outra preocupação das comunidades é com relação às pesticidas e
produtos químicos, tidos como potenciais poluidores das águas, do solo e do ar.
Assim essas substâncias tóxicas podem também envenenar, contaminar e adoecer as
pessoas e os animais domésticos. Os modos de vida; a cultura e a economia da população Apinajé e Krahô, estão sendo seriamente ameaçados e prejudicados pelos grandes empreendimentos empresariais.
Povo Apinajé: modos de vida afetados pelos grandes projetos (foto: Antônio Veríssimo. 2013)
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Preocupados com os sérios riscos e ameaças que esses
empreendimentos representam para os territórios e as populações indígenas, temos denunciado
de maneira exaustiva, requerendo providencias da FUNAI, do MPF-AGA e do IBAMA no sentido de impedir mais degradação dos rios e do bioma Cerrado dentro e no entorno das Terras Indígenas Apinajé e Krahô.
Com a finalidade de debater os impactos dos grandes projetos de hidrelétricas, desmatamentos e eucaliptos, será realizado entre os dias 19 a 21 de novembro de 2014, em Imperatriz (MA), o I Seminário em Defesa dos Rios Tocantins e Araguaia, na qual serão tratados sobre os impactos e problemas desses empreendimentos na vida dos povos da região.
Com a finalidade de debater os impactos dos grandes projetos de hidrelétricas, desmatamentos e eucaliptos, será realizado entre os dias 19 a 21 de novembro de 2014, em Imperatriz (MA), o I Seminário em Defesa dos Rios Tocantins e Araguaia, na qual serão tratados sobre os impactos e problemas desses empreendimentos na vida dos povos da região.
Terra Indígena Apinajé, 13 de novembro de 2014
Associação União das Aldeias Apinajé-PEMPXÀ
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