16 de out. de 2015

INTERCÂMBIO CULTURAL

MULHERES APINAJÉ REALIZAM A 4ª OFICINA DE INTERCÂMBIO E FORTALECIMENTO DE EXPERIÊNCIAS DE BENEFICIAMENTO DO BABAÇU
Mulheres Apinajé em atividades na aldeia Cocal Grande. (foto: Patrícia Moojen Lemos/Funai. (Outubro de 2015)

Cantorias na aldeia Cocal Grande. (foto: Patrícia Moojen
Lemos/Funai(Outubro de 2015)
Entre os dias 29 de setembro e 02 de outubro de 2015 foi realizada, na Aldeia Cocal Grande – Terra Indígena Apinajé, a 4ª Oficina de “Intercâmbio e Fortalecimento de Experiências de Beneficiamento do Babaçu”. A oficina, que reuniu cerca de 30 mulheres de 13 aldeias Apinajé, foi desenvolvida pela CTL Tocantinópolis/CR Araguaia-Tocantins e contou com a participação de integrantes do Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu – MIQCB e com a parceria da Associação União das Aldeias Apinajé – Pempxà e da Prefeitura Municipal de Tocantinópolis. Além das rodas de conversa e das atividades relacionadas ao beneficiamento do coco babaçu, foram realizadas atividades tradicionais do povo Apinajé, como as corridas de tora e as cantorias.
Esse projeto tem sido desenvolvido desde 2013. Através dele já foram realizadas 4 oficinas, nas aldeias Mariazinha, Areia Branca, Girassol e Cocal Grande e um intercâmbio, em parceria com o MIQCB, com comunidades que desenvolvem atividades relacionadas ao beneficiamento do coco babaçu na região do Bico do Papagaio, no Tocantins.
O babaçu é uma espécie da biodiversidade que tem importância fundamental na manutenção do modo de vida e da cultura Apinajé.Dessa forma, este projeto tem como objetivos principais promover:
-  o resgate de conhecimentos tradicionais sobre os usos e costumes associados ao babaçu;
- o fortalecimento cultural;
- a discussão sobre o manejo sustentável dessa espécie e a gestão ambiental na Terra Indígena Apinajé;
- a geração de renda;
 a ampliação das fontes de alimentação;
 a troca de saberes entre gerações;
o intercâmbio de experiências com outras iniciativas e organizações comunitárias que trabalham com o beneficiamento do babaçu e  a autonomia indígena, fortalecendo, principalmente, a organização das  mulheres Apinajé.

A oficina foi finalizada com uma roda de conversa envolvendo as participantes, que demandaram a continuidade e fortalecimento das ações realizadas. Nesse sentido, foram elaborados documentos dirigidos à Funai e às Prefeituras cujos municípios incidem sobre a Terra Indígena Apinajé e que, portanto, recebem recursos do ICMS Ecológico. Além da realização das oficinas e dos intercâmbios de experiências, as mulheres reafirmaram o interesse em construir duas casas equipadas para beneficiamento do coco babaçu e manifestaram a necessidade em avançar nas estratégias de geração de renda. A próxima atividade do projeto deverá ocorrer em novembro deste ano, na Aldeia Macaúba.

Texto e fotos: Patrícia Moojen Lemos – CTLTocantinópolis





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