SESAI
CONCLUI IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO D'ÁGUA EM ALDEIA APINAJÉ
Sistema de Abastecimento de Água-SAA da Aldeia Abacaxi. (foto: Antônio Veríssimo. out. 2013)
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Depois de 6 anos de reivindicações,
espera e sofrimento, finalmente os moradores da aldeia Abacaxi localizada na
terra indígena Apinajé à 18 km de Tocantinópolis, no norte do Estado Tocantins,
agora dispõe de água tratada para consumo da comunidade.
O SAA-Sistema de Abastecimento de água da
aldeia Abacaxi, começo à ser implantado em fevereiro desse ano com a perfuração
do poço artesiano pela empresa Hidro Vale.
E no final de setembro a Construtora Redeal concluiu a implantação das
estruturas de encanamentos, colocação de torneiras e perfuração de fossas
(sumidouros). A obra já está em funcionamento, mas ainda não foi entregue
oficialmente à comunidade.
Porém faltam muito pra ser realizado na
área Apinajé, atualmente das 27 aldeias reconhecidas, 16 não dispõe de Sistemas
de Abastecimento de Água. A falta de banheiros é ainda mais grave, até o
momento somente as aldeias Mariazinha, Bonito e Patizal dispõe dessas
estruturas que foram construídas na época da FUNASA. Alguns desses banheiros não
funcionam mas, ou funcionam de forma precária; a maioria estão caindo os
pedaços, com vasos, paredes e telhas quebradas. Na aldeia São José, uma das
mais antigas e a mais populosa, nunca foram construídos banheiros.
Os problemas da falta de Saneamento
Básico das aldeias Apinajé localizadas nos municípios de Tocantinópolis e
Maurilandia é crítica e carece de atenção da Secretaria Especial de Saúde
Indígena-SESAI, do Distrito Sanitário Especial Indígena do Tocantins-DSEI-TO.
Considerando que “prevenir é melhor que
remediar” sugerimos que os poderes
públicos responsáveis devem priorizar uma política séria de implantação de
Sistemas de Abastecimentos de Água, construção e reformas de banheiros e coleta
de lixo em todas as aldeias.
Diante dos problemas descritos acima,
existem essas situações extremamente graves que devem ser logo resolvidas. É o caso da aldeia Bacabinha
localizada à 20 km de Tocantinópolis na divisa da área indigena com
propriedades de não-indios. A comunidade foi fundada às margens do ribeirão
Bacabinha que nasce dentro das fazendas vizinhas, sem alternativas os moradores consomem água
desse ribeirão, mas vivem reclamando do gosto e da qualidade da água,
visivelmente contaminada com fezes e urina de vacas e cavalos. A comunidade há
muito tempo reivindica a implantação de SAA e banheiros.
Outra situação de descaso e
irresponsabilidade do PBI, DSEI-TO E SESAI é a aldeia Areia Branca, localizada
próximo à aldeia São José. Também
consumindo água contaminada vinda das fazendas, há mais de 5 anos, as 10
famílias dessa comunidade reivindicam a implantação de uma extensão (canos)
ligando o SAA da aldeia São José, que levaria água tratada à essa comunidade.
Os servidores visitam a aldeia, fazem promessas e nada é cumprido. Percebemos que
neste caso, existe falta de interesse público, descaso e má vontade de certas
pesssoas ligadas ao PBI de Tocantinópolis e DSEI-TO, com essa demanda da
comunidade. Vamos continuar denunciando e cobrando.
A falta de equipamentos médicos e
odontológicos nos Postos de Saúde é outro motivo de reclamações. Na época da
FUNASA os próprios médicos da Atenção Básica se queixavam da carencia e falta
de estruturas nos Postos de Saúde das aldeias. Observamos que com a vinda dos
profissionais do “Programa Mais Médicos”, é necessário o aparelhamento dos
Postos de Saúde das aldeias São José e Mariazinha, que são as comunidades mais
populosas. Essa é uma das condições para um bom desenpenho de qualquer profissional da área da saúde.
Terra
Indígena Apinajé, outubro de 2013.
Associação
União das Aldeias Apinajé-PEMPXÀ
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