PBA TIMBIRA: RESGATE E FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA TRADICIONAL
Famílias da aldeia Patizal , realizando atividades de colheita da mandioca. (foto Oscar Apinagé. Fev. 2014). |
Antigamente nossos antepassados
praticavam a agricultura de subsistência de forma espontânea, livre e natural.
Diversas espécies de mandioca, milho,
araruta, inhame, batata, abóbora, amendoim e macaxeira eram cultivados de
maneira tradicional e sustentável. As perseguições por causa da terra, as
doenças e as guerras de extermínio provocaram a desorganização sociocultural e
a inevitável redução da população Apinajé.
Como consequências, muitos conhecimentos e saberes sobre agricultura foram
perdidos ou esquecidos. Algumas espécies de sementes também foram roubadas,
destruídas ou usurpadas.
Recentemente em 1985, um
convênio celebrado entre a Fundação
Nacional do Índio-FUNAI e a Companhia Vale do Rio Doce- CVRD, hoje
conhecida como Vale, introduziu nas
aldeias São José, Mariazinha e Patizal a prática equivocada das roças
mecanizadas. Na época foram adquiridos tratores, grades, roçadeiras,
plantadeiras e colhedeiras, que foram utilizados poucos anos, para implantar os
chamados “projetos comunitários”, aonde eram cultivados especialmente o arroz e
o feijão.
Poucos anos depois o Convenio FUNAI/CVRD foi encerrado e as máquinas viraram sucatas e (ou) foram vendidas, deixando as famílias dependentes e acomodadas. A expectativa excessiva gerada por esses tipos de projetos e as “facilidades” ilusórias, supostamente trazidas pela mecanização intensiva, resultaram em incalculáveis prejuízos sociais, culturais e econômicos, que refletem até hoje de maneira negativa na vida das famílias Apinajé.
Poucos anos depois o Convenio FUNAI/CVRD foi encerrado e as máquinas viraram sucatas e (ou) foram vendidas, deixando as famílias dependentes e acomodadas. A expectativa excessiva gerada por esses tipos de projetos e as “facilidades” ilusórias, supostamente trazidas pela mecanização intensiva, resultaram em incalculáveis prejuízos sociais, culturais e econômicos, que refletem até hoje de maneira negativa na vida das famílias Apinajé.
Plantação de milho preto na aldeia Areia Branca. (foto: Antonio Veríssimo. Fev. 2014).
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O projeto prevê também o Resgate
e Conservação das Sementes Tradicionais, com essa finalidade no período de
03 a 07 de setembro de 2012, participamos da 1ª Feira Mebengokré de Sementes Tradicionais que foi realizada na aldeia Moxkarako, Terra
Indígena Kayapó no município de São Félix do Xingú (PA).
E nos meses de outubro e novembro de 2013, realizamos duas visitas de
intercambio e troca de experiências aos camponeses e agricultores familiares
dos municípios de Augustinópolis e Esperantina localizadas no Bico do Papagaio,
extremo Norte do Tocantins. Na ocasião adquirimos nos assentamentos da região,
sementes de milho, feijão, fava, arroz e
mudas de batata, araruta, inhame, banana e ramas de mandioca, que foram
plantadas nos projetos de 16 aldeias.
Nesse primeiro ano de execução do Programa Básico Ambiental-PBA Timbira a maioria das comunidades optou pelo eixo Segurança Alimentar, no qual foram aplicados recursos nas roças e casas de farinha. Mas estão previstos também investimentos na Segurança Ambiental, Segurança Territorial, Segurança Cultural e Apoio Institucional.
Nesse primeiro ano de execução do Programa Básico Ambiental-PBA Timbira a maioria das comunidades optou pelo eixo Segurança Alimentar, no qual foram aplicados recursos nas roças e casas de farinha. Mas estão previstos também investimentos na Segurança Ambiental, Segurança Territorial, Segurança Cultural e Apoio Institucional.
Aspecto das plantações de arroz na aldeia Barra do Dia. (foto: Antonio Veríssimo. Jan. 2014)
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Terra Indígena Apinajé, 21 de março de 2014.
Associação União das Aldeias
Apinajé-PEMPXÀ
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