HOSPITAL MUNICIPAL JOSÉ SABÓIA: DESCASO E NEGLIGÊNCIA
Ednaldo C. da Silva Apinagé. (foto: Ana R. da Silva Apinagé. Jun. de 2014) |
Em 05/07/14 o recém-nascido Ednaldo Cavalcante da S. Apinajé, de três meses de idade, filho de
Ana Rosa da S. Apinajé e Edvaldo Cavalcante Apinajé, moradores na aldeia Divisa, Terra
Indígena Apinajé, deu entrada no
Hospital Municipal José Saboia, na cidade de Tocantinópolis (TO). A criança
estava com febre e apresentava sintomas de pneumonia e ficou hospitalizado por
dois dias. Em 07/07/14 o Dr. Carlos M.
Tello deu lhe alta e a criança retornou à aldeia.
Na aldeia a criança
voltou os mesmos sintomas, sendo novamente levado ao Hospital José Saboia onde
foi hospitalizada e, desta vez medicada pela Dra. Luciana Dônola Puppio, médica pediatra daquele hospital e em 11/07/14
recebeu alta. Mas, em casa a criança piorou e no dia 12/07/14 o recém-nascido
foi levado novamente ao Hospital Municipal José Saboia, onde permaneceu
internado até 14/07/14, já em estado grave o bebê foi removido às pressas para
hospital de Araguaína. O pequeno paciente foi a óbito no mesmo dia 14/07/14 a
caminho daquela cidade.
O bebê com sua avó. (foto: Ana R. da Silva Apinagé. Jun de 2014) |
Em circunstâncias parecidas, no final de 2006 num intervalo
de três meses, mais de 20 recém-nascidos desta etnia foram a óbito por falta de
atendimento adequado. Ressaltamos que algumas enfermeiras e médicos do HMJS são recorrentes
em negligenciar o atendimento aos pacientes indígenas. Por conta disso em 2009,
enfermeiras daquele hospital foram acusadas de erro grave em procedimentos na
administração de medicamentos, fatos que causaram a morte de duas crianças
Apinajé.
Nestes termos, exigimos mais uma vez, do Dr. Jeferson Farias, Diretor do Hospital Municipal José Saboia, explicações imediatas
sobre essas denuncias que pesam sobre as enfermeiras e os médicos que atenderam
e medicaram o recém-nascido Ednaldo
Cavalcante da S. Apinajé. Nesse caso cabe também à senhora Cimei Gomes de Sousa, chefe administrativa
do Polo Base Indígena-PBI de
Tocantinópolis e as enfermeiras de plantão, esclarecer os fatos que
ocorreram durante os dias que a criança ficou internada.
Terra
Indígena Apinajé, 29 de julho de 2014.
Associação União das Aldeias Apinajé-PEMPXÀ.
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