Situação de trecho da principal estrada de acesso às aldeias da região
da aldeia São José. Isso reflete no funcionamento da Escola Estadual
Mãtyk. (foto: Antônio Veríssimo. 2013)
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A presente nota tem por finalidade, descrever
e informar ao Senhor Presidente da Câmara dos Vereadores de
Tocantinópolis, Zullias Parente Amoury, à sua excelência o
Prefeito Municipal de Tocantinópolis (TO), Senhor Fabion Gomes de
Sousa, ao Engenheiro Chefe do DERTINS neste município, Senhor
Gilvamar Moreira de Souza e aos demais interessados, a situação de
abandono e precariedade das estradas vicinais de acessos às aldeias
indígenas do povo Apinajé, situadas no município de
Tocantinópolis, no norte do Estado do Tocantins, Brasil.
Informamos que, nos últimos (20) vinte anos, com o crescimento
populacional da etnia Apinajé, temos verificado a formação de
novas aldeias, que estão se espalhando rapidamente no interior
dessa área indígena. Consideramos que esse crescimento populacional
e o surgimento de mais comunidades é um fator positivo e normal. E
que isso naturalmente reflete em maiores demandas e pedidos de
conservação das estradas já existentes e na abertura e manutenção
de novas estradas, que garantam o atendimento à saúde de nossa
população e o transporte escolar dos estudantes. Dessa forma
entendemos e temos clareza que essa é uma responsabilidade do
poder público, seja do município, do Estado ou da União, alguém
pode e deve assumir esse compromisso político, moral, social e
humano com nossa minoria indígena desse município.
Aspecto da Escola Estadual Indígena Mãtyk, na aldeia São
José. (foto: Antônio Veríssimo.2013)
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No
caso das estradas da região da aldeia São José, no município de
Tocantinópolis (TO), a situação sempre tem sido crítica e
difícil, nesse período chuvoso as principais vias de acesso às
aldeias, São José, Abacaxi, Areia Branca, Aldeinha, Furna Negra,
Brejinho, Bacabinha, Serrinha, Boi Morto, Bacaba, Prata e Cocal
Grande, foram praticamente cortadas pelas chuvas, somente com
veículos traçados pode se alcançar as citadas comunidades, no
momento andar de transporte (ônibus) escolar entre essas aldeias é
impraticável. Esses fatos só vem somar mais transtornos e
inviabilizar de vez o funcionamento da maioria das escolas indígenas
da área Apinajé. Em razão desses problemas expostos, todos os anos
os alunos (as) matriculados na Escola Estadual Indígena Mãtyk,
localizada na aldeia São José, são os mais prejudicados. Sendo que há duas (2) semanas os ônibus escolar deixaram de circular na região da aldeia São José, para transportar os alunos que estudam nessa aldeia.
Essa situação merece atenção e cuidados do poder público,
especialmente as autoridades municipais. Acreditamos que alguma
solução possa ser discutida e alcançada por meio do diálogo. É
necessário que todos os anos, sejam garantidos recursos públicos
para conservação e manutenção permanente dessas estradas
vicinais, que são importantes para nossa população e o próprio
município de Tocantinópolis (TO).
Aldeia São José, 01 de abril de 2013.
Associação
União das Aldeias Apinajé. PEMPXÀ.
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