BRIGADA APINAJÉ: COMBATENTES DO FOGO
Brigadistas Indígenas em ações de combate direto ao um foco de incêndio na terra Apinajé. (foto: Adalberto Apinajé. Agosto de 2014)
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Brigadistas monitoram via satélite os focos de incêndios.
(foto: Adalberto Apinajé. Agosto de 2014)
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Esquadrão durante ações de Monitoramento Territorial.
(foto: Adalberto Apinajé. Agosto de 2014)
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Neste mês de agosto, mais uma vez o Tocantins está sendo
seriamente castigado pelo fogo, o Estado está em 3º lugar no ranking de queimadas
no Brasil. Este ano já foram detectados mais de 4.600 focos de incêndios em
todo o Estado. As Áreas de Preservação Ambiental e as Terras Indígenas, também
estão sendo atingidas.
A BRIF-I
Apinajé é uma Brigada Indígena e está localizada no município de Tocantinópolis
desde junho de 2014 e tem como meta principal fazer a prevenção e o combate
direto aos focos de incêndios na Terra Indígena Apinajé. O trabalho desses
combatentes do fogo é perigoso e exaustivo e as ações são realizadas de forma
direta ou indireta e estão acontecendo durante o dia e à noite.
O Chefe da BRIF-I Apinajé, Alexandre Conde,
informou que desde 1º de junho deste ano quando a Brigada começou atuar já
foram percorridos mais de 1.400 km e combatidos em ação direta 25 focos de
incêndios no Território Apinajé, localizado nos municípios de Tocantinópolis,
Maurilândia, São Bento do Tocantins e Cachoeirinha, no Norte do Estado do
Tocantins.
Entre junho e agosto de 2014, em
comparação com o mesmo período do ano passado, temos verificado expressiva redução
das queimadas na Terra Apinajé. Este resultado só está sendo alcançado graças à
atuação dos Brigadistas.
Aspecto do Território Apinajé, sem queimadas. (foto:
Antônio Veríssimo. Abril de 2013) |
A Brigada Indígena do PREV FOGO/IBAMA em
parceria com a FUNAI-Fundação Nacional do Índio, também atua em atividades de
Monitoramento Territorial, visando coibir as atividades ilícitas praticadas por
não-índios que invadem a terra Apinajé para roubar caças, madeiras, peixes,
frutas e arrendamentos de pastos e roças. Estes invasores e intrusos também são
suspeitos e acusados de provocar incêndios na Terra Apinajé.
É imprescindível que todos se conscientizem
dos riscos e perigos das queimadas sem controle. No nível atual o fogo já
representa uma grave ameaça à nossa saúde e perigo à nossas aldeias e se não
for contido poderá causar danos incalculáveis à fauna e a flora do Território
Apinajé. Todos nós, índios e não-índios devemos colaborar e apoiar as ações dos Brigadistas Apinajé, afinal de
contas estão lutando pela preservação ambiental, visando garantir um território
com florestas, frutas, águas, mamíferos, répteis, aves e peixes para as presentes e futuras gerações.
Terra Indígena Apinajé, 19 de agosto de 2014
Associação
União das Aldeias Apinajé-PEMPXÀ
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