É HORA DE CUIDAR E PRESERVAR O QUE AINDA RESTA DO CERRADO E DAS TERRAS INDÍGENAS
Aspecto de Cerrado preservado no território Apinajé. (foto: Antonio Veríssimo. 2015) |
"Nesta Semana Mundial do Meio Ambiente, queremos enfatizar a contribuição dos territórios indígenas para proteção e conservação do Meio Ambiente em toda as regiões do Brasil"
A presença de nossas populações indígenas e quilombolas em terras demarcadas na Amazônia, no Pantanal, no Cerrado, na Mata Atlântica ou na Caatinga representam a garantia de conservação e proteção do que restou desses importantes Biomas brasileiros.
Durante
mais de cinco séculos estamos lutando insistentemente para proteger esses
territórios que são vitais para garantir nossa sobrevivência física, cultural e nosso futuro. Temos
plena consciência da necessidade de se guardar, proteger e conservar os
recursos naturais, a biodiversidade e as culturas indígenas que são componentes
fundamentais para manter o equilíbrio, a harmonia e a sustentação de todas as
formas de Vida no Planeta Terra.
Como parte das mobilizações da Semana
Mundial do Meio Ambiente, estamos cobrando dos governos o cumprimento da
Constituição Federal e a efetivação das demarcações e regularização fundiária
das terras indígenas e quilombolas. Nessa oportunidade também cobramos do
Governo Federal e da Fundação Nacional do Índio –FUNAI, a fiscalização e
proteção dos territórios indígenas.
Denunciamos a falta responsabilidade ambiental e social das grandes
empresas vinculadas ao agronegócio, a mineração, as madeireiras
e carvoarias que tentam a qualquer custo em nome do desenvolvimento e do PIB
continuar explorando de forma irresponsável e ilimitada os recursos naturais visando
o lucro e acumulação de riquezas e poder. Nesse sentido equivocado nem as terras
indígenas estão sendo respeitadas. Para concretizar esse plano irracional e incompreensível
propõem mudanças e alterações na Constituição Federal por meio da PEC 215/2000 e outras propostas legislativas.
Águas, um Bem Comum ameaçadas pela ganancia e violência do agronegócio (foto: Antonio Veríssimo. Junho de 2015) |
Atendendo
pedido do MPF-TO, a citada Lei 2.713/2013 do Estado do Tocantins está sendo
questionada pelo Procurador Geral da República, Dr. Rodrigo Janot, que ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADI 5312) no Supremo Tribunal
Federal-STF. O Procurador Geral da República pede liminar para suspender os
efeitos do dispositivo até o julgamento do mérito da ADI.
Terra Indígena Apinajé, 05 de junho de 2015
Associação União das Aldeias Apinajé-PEMPXÀ
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