Brigadistas indígenas do Prev Fogo e Brigadistas da Defesa Civil dos municípios de Cachoeirinha e Tocantinópolis realizam juntos ações de controle e prevenção aos incêndios florestais na T.I. Apinajé.
O Manejo Integrado do Fogo-MIF, aconteceu nos
meses de maio e junho em todas as terras indígenas do estado do Tocantins, e
vem sendo realizado pelos Brigadistas indígenas do Prev-Fogo/IBAMA com objetivo
de prevenir e controlar os incêndios florestais nas T.Is.
Além dos Brigadistas Indígenas do Prev-Fogo/IBAMA,
este ano Brigadistas da Defesa Civil dos municípios de Cachoeirinha e
Tocantinópolis no Norte do Tocantins também participaram junto com os indígenas
das ações de prevenção e controle do fogo na terra Apinajé. Ao menos 29 homens
das duas Brigadas atuaram em conjunto nos dias 28 e 29 de junho em áreas
prioritárias da T.I. Apinajé.
Alexandre Conde, Gerente Estadual das Brigadas
Indígenas, explicou que o controle e prevenção acontecem priorizando locais
aonde existem frutas, áreas de nascentes, locais de reprodução da fauna e
regiões estratégicas de divisas da T.I. O MIF consiste basicamente em realizar
a queima controlada de áreas de campos mais altas e secas, acerando e
eliminando material combustível, evitando que o fogo se espalhe e alcance as
matas no período mais seco e crítico do ano.
A época mais difícil, é nos meses de julho a
setembro, é nesse período que qualquer incêndio foge facilmente do controle
podendo se espalhar com rapidez no capim seco, avançar pelas matas e provocar
incalculáveis danos ao meio ambiente. Um incêndio desses fora de controle, pode
em alguns minutos danificar plantações, matar animais domésticos, destruir
casas; representando uma potencial ameaça às aldeias, povoados e cidades. Tragédias
graves podem ocorrer em razão do uso descontrolado, imprudente e irresponsável
do fogo.
O indígena Alan Dias Apinagé, Agente do MIF informou que
o período de implementação do Manejo Integrado do Fogo-MIF na T.I. Apinajé
encerrou se no final de junho, que a partir do início de julho iniciaram as
ações de combate aos focos de queimadas em todo o estado, incluindo as terras indígenas.
É importante e necessário o papel dos órgãos
governamentais na fiscalização, controle e prevenção aos incêndios florestais.
Porém essa atuação para ser bem sucedida muitas vezes depende da cooperação,
apoio e participação direta da população sejam urbana e/ou rural. Lembrando que
em 2017, foi assinado por órgãos públicos e organizações da sociedade civil do
estado do Tocantins o Protocolo do Fogo. Entre outros compromissos assumidos,
as organizações que ratificaram o Documento, se comprometem agir para
conscientizar e prevenir sobre o uso controlado do fogo.
Devidamente informada sobre os risco e perigos
dos incêndios florestais, a população civil também poderá denunciar aos órgãos
ambientais possíveis atos criminosos. Os veículos da imprensa local também
podem participar divulgando informações alertando a comunidade sobre os
cuidados com o fogo. Enfim todos podemos nos mobilizar para evitar danos e
prejuízos para nossas comunidades, município, estado e o país.
É possível sim mobilizar a comunidade no sentido da conscientização e prevenção de desastres e tragédias associados ao uso imprudente do fogo. É importante lembrar que todos os anos os incêndios no Cerrado e florestas de nosso país destrói a vida de nossa fauna e flora, ofuscando ainda mais a imagem de nosso país no contexto internacional.
É possível sim mobilizar a comunidade no sentido da conscientização e prevenção de desastres e tragédias associados ao uso imprudente do fogo. É importante lembrar que todos os anos os incêndios no Cerrado e florestas de nosso país destrói a vida de nossa fauna e flora, ofuscando ainda mais a imagem de nosso país no contexto internacional.
Terra Indígena Apinajé, 02 de julho de 2018
Associação
União das Aldeias Apinajé-Pempxà
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