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30 de mai. de 2015
27 de mai. de 2015
MOVIMENTO INDÍGENA
DESMATAMENTO PARA PLANTIO DE EUCALIPTOS E SOJA PODEM TRANSFORMAR O CERRADO EM DESERTO EM POUCOS ANOS
Aspecto de área desmatada na fazenda Dona Maria. (foto:
Antônio Veríssimo. Maio de 2015) |
Durante
reunião de caciques realizada no dia 25/05/2015 na aldeia Patizal, para tratar
da proteção territorial e sobre os empreendimentos no entorno da terra Apinajé,
os caciques resolveram se deslocar até a região da fazenda Dona Maria
localizada na divisa da terra Apinajé no município de Tocantinópolis(TO) para
averiguar a existência de área desmatada provavelmente para plantio de soja
e/ou eucaliptos. Chegando ao local observamos uma grande área desmatada e a
presença de trabalhadores com equipamentos em operação.
Diante
das dúvidas, da falta de informações e esclarecimentos sobre esse
empreendimento, nos sentimos prejudicados. Por essa razão resolvemos apreender o
trator, a moto serra, ferramentas e combustível e levar para aldeia Patizal
visando chamar atenção das autoridades responsáveis para resolver essa questão.
Essa foi uma forma que encontramos para parar o empreendimento até que uma
reunião seja realizada e todas as dúvidas esclarecidas.
Reclamamos
a falta de Estudos de Impacto Ambiental-EIA/RIMA e a não participação da FUNAI
no processo de licenciamento conduzido pelo NATURATINS. Nossa comunidade Apinajé também não foi
ouvida, consultada e nem informada sobre esses empreendimentos considerados
potencialmente agressivos e impactantes ao meio ambiente e às comunidades.
Empreendimentos
implantados dessa maneira também são causadores de graves conflitos sociais,
violações de direitos humanos e prejuízos ambientais irreparáveis. Nessas circunstâncias
quem autorizou desmatar o entorno da terra Apinajé dessa forma, também está
desrespeitando e golpeando a Constituição Federal de 88 e conflitando com a
convenção 169 da OIT. É importante lembrar que todas as leis, sejam dos
municípios e/ou dos estados NÃO podem entrar em contradição e ferir Constituição Federal
do Brasil.
Dessa
forma repudiamos qualquer tentativa de desqualificar e criminalizar nosso
movimento coletivo. Nesse momento, tudo que queremos é ser informados sobre esse
projeto que está nos afetando. Queremos que tudo seja resolvido em concordância
com as Leis. Exigimos que os Art. 231 e 232 da Constituição Federal do Brasil
sejam respeitosamente observados, corretamente interpretados e integralmente aplicados
em favor do direito, da justiça e da paz nos territórios indígenas;
especialmente nas aldeias Apinajé.
Historicamente as experiências de repressão sempre deixaram sequelas e prejuízos para os
envolvidos. O dialogo e a sensatez
sempre foi a melhor opção e o caminho para prevenir e evitar conflitos graves. É
inaceitável a conduta de alguns juízes que em muitas situações e questões
envolvendo populações indígenas e fazendeiros sempre entendem que os segundos
(os fazendeiros) têm todo o direito e razão absoluta. O que consequentemente
resulta na criminalização das comunidades e na institucionalização e
legalização da violência; com a imediata expedição de mandatos judicias
autorizando uso da Polícia Federal, Militar e Civil em reintegrações de posse e
outras ações truculentas contra as populações indígenas.
Como forma de resolver essa questão e
evitar que a compreensão e o dialogo sejam contaminados e dominados pela
ignorância e pela brutalidade. Estamos requerendo também do senhor presidente
da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal,
Excelentíssimo Senador Paulo Pain a articulação para realização de Audiência Pública
nesta comissão para tratar do licenciamento de empreendimentos no entorno de
terras indígenas e os conflitos fundiários por falta demarcação e proteção das
mesmas.
Desde o ano de 2013 quando a
Procuradoria da Republica MPF-AGA, começou a funcionar na cidade de Araguaína
(TO), passamos a denunciar e solicitar mais informações sobre os
empreendimentos de eucaliptos no entorno da terra Apinajé de maneira mais
forte. Os três Procuradores responsáveis pela defesa dos direitos indígenas que
passaram pela PR/MPF-AGA se dedicaram de forma comprometida na defesa dos
direitos indígenas. Mas, inexplicavelmente o Dr. João Raphael e Dra. Ardirla
Pereira de Albuquerque não permaneceram muito tempo na PR/MPF-AGA. A mesma
coisa aconteceu com a Dra. Ludmila Vieira Mota, que de forma repentina foi
transferida as presas há poucos dias; depois de intensa batalha travada contra
empreendimentos ilegais no entorno da T.I. Apinajé.
Parecem “coisas” do século XV, mas
isso ainda acontece nesses sertões do interior do Brasil. Existe explicação para
esses fatos? É bem provável que esses Procuradores estejam sendo politicamente afastado da região só por que aplicaram corretamente a Lei e
“feriram” interesses econômicos de alguns. Lembrando que esses políticos também
tentaram amordaçar os Procuradores do MPF com a PEC 37.
Associação
União das Aldeias Apinajé-PEMPXÀ
TerraIndígena Apinajé, 27 de maio de
2015
26 de mai. de 2015
TERRITÓRIO APINAJÉ
Nós caciques e lideranças do
povo Apinajé reunidos e mobilizados na aldeia Patizal, nos dia 24, 25 e 26 de
maio de 2015 para tratar da questão dos desmatamentos do entorno da terra Apinajé,
vimos a publico por meio de esta nota esclarecer, para sociedade, órgãos
públicos e imprensa os motivos e razões que nos levaram a fazer apreensão de um
trator e uma moto serra que estavam sendo utilizados para realizar serviços de
limpeza e preparação de terreno em área desmatada na fazenda Dona Maria no
município de Tocantinópolis (TO), (possivelmente para o plantio de eucaliptos
e/ou soja). O fato ocorreu na manhã do dia 25/05/2015.
Portanto antes de qualquer
especulação é necessário o conhecimento e analise mais aprofundada dos fatos a
partir de uma conjuntura política, social e ambiental mais ampla e detalhada
dessa questão que envolve a demarcação de nossa terra tradicional.
a)
A
citada área desmatada é parte de nosso território tradicional, e está sendo
reivindicado por nosso povo desde 1985;
b)
No
momento existe um processo tramitando na FUNAI/BSB que trata da revisão e
reconhecimento desta área que ficou de fora da demarcação de 85;
c)
A
comunidade Apinajé não foi ouvida, consultada e nem considerada no processo de
licenciamento desse empreendimento potencialmente destruidor da biodiversidade
do cerrado e impactante para nossa comunidade;
d)
O
empreendimento está destruindo locais sagrados, provocando a fuga de animais e ameaçando
as nascentes dos Ribeirões Cruz, Estiva e Betania, os dois últimos dentro da
área já demarcada;
e)
A
FUNAI/BSB e o IBAMA não foram notificados e nem participaram do processo de
licenciamento conduzido pelo NATURATINS;
f)
A
Constituição Federal do Brasil não está sendo observada e nem cumprida pelos
órgãos ambientais e licenciadores do Estado do Tocantins.
Ressaltamos que as terras
indígenas são para usufruto das comunidades indígenas e propriedade da União,
portanto cabe o Estado brasileiro demarcar, proteger e fazer respeitar todos
seus bens. Entretanto, nesse momento não existe Fiscalização e Proteção de
nosso Território que é responsabilidade da FUNAI.
Diante dos fatos expostos acima solicitamos da FUNAI/BSB, MPF-AGA, IBAMA e NATURATINS.:
Diante dos fatos expostos acima solicitamos da FUNAI/BSB, MPF-AGA, IBAMA e NATURATINS.:
a)
O
imediato embargo e paralisação de qualquer atividade de desmatamento e
carvoaria em andamento no entorno de nosso território já demarcado;
b)
A FUNAI/BSB através de sua Procuradoria
(jurídica) passe a atuar de forma mais firme e permanente nessa questão do
desmatamento do entorno da T.I. Apinajé, especialmente no caso da fazenda Dona Maria;
c)
Que a FUNAI retome imediatamente o processo
de revisão de limites da área Gameleira;
d)
Que
a FUNAI/CRAT de Palmas-TO acelerem imediatamente os procedimentos visando
efetivar a Fiscalização e Monitoramento da Terra Apinajé e seu entorno com a
com finalidade coibir atividades ilícitas praticadas por indivíduos não-indios
e empresas.
Informamos que os equipamentos (trator, moto serra, ferramentas e combustível) apreendidos
encontram se guardados na aldeia Patizal. E que os mesmo não estão sendo
depredados, usados ou arruinados e que serão entregues ao proprietário logo que
seja realizada reunião com os órgãos públicos mencionados acima para resolver
essa questão.
Terra Indígena Apinajé, 26 de maio de 2015
Associação
União das Aldeias Apinajé-PEMPXÀ
12 de mai. de 2015
MEIO AMBIENTE
INSTRUTORES DO IBAMA REALIZAM CURSO DE FORMAÇÃO PARA BRIGADISTA INDÍGENAS NA TERRA APINAJÉ
![]() |
Cursistas indígenas com instrutores do IBAMA. (foto: Maio de 2015) |
Pelo
segundo ano consecutivo a BRI-F-I Apinajé ( Brigada Indígena Apinajé), estará a
serviço das comunidades indígenas na região de Tocantinópolis e nos entorno dos
municípios de Maurilândia,
Cachoeirinha, Luzinópolis e São Bento, brigada essa que estará para atuar no
combate aos incêndios florestais, acompanhar queimas controladas, atuar na
educação ambiental bem como o uso e manuseio do fogo e entre outras atividades.
Após comunicação pessoal e entrega dos editais de contratação da Brigada Indígenas as comunidades indígenas e inscrições feitas para os
candidatos ao serviço de Brigadista. Aos
dias 04 á 08/ 05/2015, estiveram presente na área indígena os instrutores do
Prev Fogo/IBAMA, o Sr. Mauricio, o Sr. Ornildo e André, que especificamente
vieram com propósito de dar o curso e formar a Brigada Apinajé, com 24 Brigadista, 04 Brigadista chefe de esquadrão e 01 chefe de Brigada.
Para
a ocasião, contamos com 104 indígenas
inscritos para concorreram a vaga de Brigadista. Sendo que 76 eram para o cargo
de Brigadista, 06 vagas para Brigadista chefe de esquadrão e um chefe de
brigada.
Do
curso, ficou assim estabelecido pelos instrutores que seria feito em 4 etapas,
sendo elas 1ª Etapa = TAF e THUFA ; 2ª Etapa = Aula teórica; 3ª Etapa = aula
Prática e 4ª Etapa = Prova escrita final. Dos 104 inscritos, somente 83
iniciaram o curso para a 1ª etapa, pelo motivo da não presença. Já para a 2ª
Etapa foram classificados somente 35 para cargo de brigadista e 06 para o cargo
de Brigadista chefe e 01 chefe de brigada. Cabe dizer aqui que essa 1º etapa já tem eliminação. Para a 2ª,
3ª e 4ª formam todos os 83 que participaram .
Na
4ª etapa então foi feito a prova final e assim decidido por quem teve
maior pontuação em todas as tarefas aqueles que seriam os contratados.
Dos
35 Brigadistas que fizeram a prova
final, foram classificados 24 e 11
ficaram como suplentes, Dos 06 candidatos a chefe de esquadrão, 04 foram
classificados e 02 ficaram de suplentes e para o cargo de chefe da brigada
aquele que também fez todo o processo.
Pelo exposto, segue abaixo a lista dos, agora, Chefes de Esquadrão e Brigadista de combate do Prev Fogo/IBAMA/ Tocantins:CHEFES DE ESQUADRÃO;
1- Ercílio Rocha Dias Apinagé
2- Nelson Thafarel
3- Edmar Xavito Apinagé
4- Alan Dias da Silva Apinagé
BRIGADISTAS;
1- Roberto Carlos Dias Apinagé
2- Zezinho Tekator Apinagé
3- Romulo daSilva santos
4- Osvaldo Ribeiro Apinagé
5- Osvaldo Laranja Neto Apinagé
6- João Paulo L. Apinagé
7- Samuel Xerente
8- Osmar A. Dias Apinagé
10- André Luis A. Ribeiro Apinagé
11- José Maria Xavito Apinagé
12- Iran Ribeiro Veríssmo Apinagé
13- Orlando Kôphti Apinagé
14- José Moêgo f. Apinagé
15- Edileno Almeida Apinagé
16- Diêgo Fernandes de Sousa Apinagé
17- Adalberto Sotero L. Apinagé
18- Marciano Bezerra F. Apinagé
19- Robson Sousa S. Apinagé
20- Renato de Sousa Laranja
21- Edison Dias Laranja Apinagé
22- Odília Ribeiro Apinagé
23- Ricardo Rôrky Vieira Apinagé
Eu, Alexandre Conde Chefe da BRIF-I-APINAJÉ, venho por meio deste agradecer aos nossos
colegas de trabalho os Sr.Mauricio, O Sr. Ornildo e André, servidores do PrevFogo/IBAMA que com muita disposição e alegria, estiveram
conosco nessas datas, repassando do seu conhecimento e experiência de
campo. Foi um período de grande aprendizado.
Também quero agradecer aqui a participação da FUNAI/
Tocantinópolis (TO) na pessoa do Sr. Bruno A. Braga Fragoso e equipe, que
estiveram empenhados na parte logística afim de que o curso fosse
realizado.
Agradecemos também
a Prefeitura de Tocantinópolis na pessoa do Sr. Fabion Gomes e o Sr. Emivaldo e
outros, que também estiveram contribuindo para que o curso fosse realizado.
Por:
Alexandre Conde
Chefe da BRIF/Apinajé/Tocantinópolis (TO)
Terra Indígena Apinajé, maio de 2015
Associação União das Aldeias Apinajé-PEMPXÀ
8 de mai. de 2015
MEIO AMBIENTE
PREFEITURAS DE TOCANTINÓPOLIS, MAURILÂNDIA E CACHOEIRINHA SE REÚNEM COM CACIQUES PARA TRATAR DE ICMS-ECOLÓGICO
![]() |
Reunião de caciques no auditório da UFT sobre ICMS-Ecológico. (foto: Antônio Veríssimo. Maio de 2015) |
No
último dia 06 de maio de 2015, foi realizada no auditório da UFT reunião para
tratar sobre o ICMS-Ecológico. O encontro foi uma iniciativa das Prefeituras de Tocantinópolis, Maurilândia e Cachoeirinha, em parceria com a FUNAI e contou com as
participações de caciques, professores e representantes das associações
indígenas. Presentes também o Técnico
Indigenista, Marcelo G. Brasil, representando a FUNAI, os secretários de Meio Ambiente de Tocantinópolis (TO), senhor Eudes Ribeiro e Emivaldo, os representantes das prefeituras de
Maurilândia, Donizete e de Cachoeirinha, João Batista.
• O
QUE É ICMS ECOLÓGICO?
O ICMS-Ecológico foi criado por Lei nº 1.323 aprovada
pela Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins, a Lei foi sancionada pelo
Governador José Wilson Siqueira Campos em 04 de abril de 2002 e posteriormente
regulamentada por Decreto nº 1.666, de 26 de dezembro de 2002. A resolução nº
40, de 27 de agosto de 2013, do Conselho Estadual do Meio Ambiente-COEMA, dispõe
sobre o Questionário de Avaliação Qualitativa do ICMS-Ecológico.
Os
municípios devem obedecer alguns critérios em relação à aplicação das parcelas
do ICMS-Ecológico que recebem. Pois trata se de recursos resultantes de
arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de
Serviços de Transporte Estadual, Intermunicipal e de Comunicação, que foram
calculados a partir de 2003, para incentivar os municípios na efetivação de
políticas locais de proteção e conservação do Meio Ambiente; incluindo as
terras indígenas.
No Estado
do Tocantins, os povos indígenas Apinajé, Carajá Xambioá, Krahô, Xerente, Krahô
Canela e Carajá que vivem nos municípios de Araguacema, Cachoeirinha, Formoso
do Araguaia, Goiatins, Itacajá, Lagoa da Confusão, Maurilândia do Tocantins,
Pedro Afonso, Pium, São Bento do Tocantins, Santa Fé do Araguaia e Tocantínia
são beneficiados pelo ICMS-Ecológico. A terra Apinajé abrange os municípios
Cachoeirinha, Maurilândia, São Bento do Tocantins e Tocantinópolis, no Norte do
Estado.
• O
ICMS ECOLÓGICO NA TERRA INDÍGENA APINAJÉ
Marcelo
G. Brasil Técnico Especializado da CTL/FUNAI de Tocantinópolis (TO), informou tratar
se de reunião de caráter informal com a finalidade de trazer esclarecimentos
para os caciques sobre o que significa ICMS-Ecológico e que projetos podem ser
apoiados com esses recursos. Marcelo disse que existe uma recomendação da
FUNAI/CR de Palmas (TO), sugerindo que os recursos não sejam repassados direto
para as associações indígenas. Porém
afirmou que em conformidade com as Leis as comunidades têm direitos de serem ouvidas consultadas e de participarem efetivamente de qualquer projeto que lhes dizem respeito. E citou as diretrizes e objetivos da Política Nacional de Gestão
Ambiental e Territorial de Terras Indígenas-PNGATI, que devem ser seguida pelas prefeituras.
Houve
um entendimento entre os participantes que as discussões sobre o ICMS-Ecológico
estão apenas começando e que as lideranças e as organizações do povo Apinajé precisam
ter maiores informações e esclarecimentos sobre o assunto; pois as maiorias
ainda não estão entendendo nada. O representante da prefeitura de Maurilândia, Donizete alertou que é importante esclarecer que o “assunto” dinheiro não é o foco
principal da questão; o dinheiro é apenas parte das soluções que buscamos para tratar
e tentar resolver os problemas ambientais dos municípios.
Em
suas falas as lideranças apontaram rumos e fizeram propostas que refletem as
necessidades das comunidades. O apoio aos Rituais da Cultura foi uma sugestão
da maioria dos que se manifestaram, entendendo que o Pátio, a Roça, o Lar e a Escola são
importantes espaços de formação e aprendizado. O cacique Emílio Dias Apinagé,
da aldeia Mariazinha, sugeriu também que os recursos do ICMS-Ecológico podem
ser aplicados em oficinas e palestras de Educação
Ambiental, Plantio de Sistemas Agroflorestais e Apoio às Associações Apinajé. As
lideranças cobraram efetiva participação na elaboração de propostas e na
execução dos projetos.
As lideranças destacaram a importância e necessidade da continuidade das ações de coleta de lixos que estão sendo realizadas nas aldeias pela prefeitura Municipal de Tocantinópolis (TO) desde 2013.
As lideranças destacaram a importância e necessidade da continuidade das ações de coleta de lixos que estão sendo realizadas nas aldeias pela prefeitura Municipal de Tocantinópolis (TO) desde 2013.
Terra Indígena Apinajé,. 08 de maio de
2015
Associação União das Aldeias Apinajé-PEMPXÀ
7 de mai. de 2015
PROGRAMA BÁSICO AMBIENTAL PBA TIMBIRA
A X REUNIÃO DO CONSELHO GESTOR DO PBA TIMBIRA FOI REALIZADA E PRESTAÇÃO DE CONTAS DA AGENCIA IMPLEMENTADORA NÃO FORA APROVADAS
![]() |
Reunião do Conselho Gestor na aldeia São José, T.I. Krikati. (foto: Antônio Veríssimo. Abr. de 2015) |
A X
Reunião do Conselho Gestor do Programa Básico Ambiental PBA-Timbira foi
realizada no período de 28 a 30 de abril do corrente ano na aldeia São José do
povo Krikati, no município de Montes Altos, Sul do Maranhão. A reunião contou
com as presenças dos conselheiros titulares, suplentes e dos membros da
comissão técnica dos povos Apinajé, Krahô, Krikati e Gavião, dos representantes
da Fundação Nacional do Índio-FUNAI, senhores, Ricardo Burg, da CGLIC/FUNAI
(DF) e Jaime Siqueira Junior da DPDS/FUNAI (DF), da coordenadora-substituta da CR/FUNAI
de Imperatriz (MA), Edilena Krikati e dos coordenadores (a) das CTLs de Carolina
(MA) e Tocantinópolis (TO), além de caciques, professores, estudantes e demais
lideranças do povo Krikati, reunindo mais de 70 participantes.
Na
manhã do dia 28/04/15, na Casa de reuniões na aldeia São José,Valdeniz Krikati,
depois de acolher e agradecer à presença de todos, deu inicio a X Reunião do
Conselho Gestor. Na sequência foi apresentada e entregue aos
presentes uma coletânea e cópias de importantes documentos produzidos pelas
associações de base e pela Agencia Implementadora, contendo relatórios, atas de
reuniões nas aldeias, propostas de projetos para 2015, plano de atividades
quadrimestral de 2015, plano de trabalho e prestação de contas correspondente a
2014. Esses documentos e propostas foram analisados (as) e debatidos duranteos
(3) três dias de reunião.
No dia 29/04/15, os técnicos e
assessores da Agencia Implementadora apresentaram em tabelas Power Point a prestação
de contas dos recursos no valor de R$ 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil
reais) que foram repassados pelo Consórcio CESTE para garantir o funcionamento
da Agencia Implementadora em 2014. Depois de analisarem os dados apresentados,
os conselheiros se manifestaram exigindo informações esclarecedoras e detalhadas
sobre os gastos e despesas da Agencia. Devido a não apresentação dessas
informações suficientes e aceitáveis, com valores, notas fiscais ou recibos,
preços dos produtos, serviços, viagens ou reuniões realizadas em 2014, a
prestação de contas da (Associação Wyty Catë dos Povos Timbira do Maranhão e
Tocantins) Agencia Implementadora do Programa Básico Ambiental Timbira, foi
rejeitada ou/e reprovada pela maioria dos conselheiros.
Técnicos (a) da FUNAI e da Agencia Implementadora. (foto: Carlos Tepkrut F. Apinagé. Abr. de 2015) |
Em 30/04/15, último dia de
reunião, os participantes debateram sobre as dificuldades da FUNAI e a falta de
Monitoramento e Proteção das terras Apinajé, Krahô, Krikati e Gavião. As
lideranças reclamaram que a FUNAI não está cumprindo com suas obrigações
constitucionais de Monitorar e Proteger as terras indígenas, por essa razão
está ocorrendo muitas invasões de madeireiros, caçadores, coletores de frutas,
traficantes de bebidas alcóolicas; fatos que trazem insegurança, prejuízos e
conflitos para as comunidades. O representante da DPDS/FUNAI/BSB, Jaime Siqueira
Junior, reconheceu as deficiências do órgão indigenista, e afirmou que infelizmente
essa situação é generalizada em todo o país. Jaime disse ainda que nas terras indígenas
onde existem “programas de compensação” ambiental, esses recursos estão sendo
utilizados para apoiar o Monitoramento e a Proteção Ambiental das mesmas.
No período da tarde, após apresentação e
apreciação do Plano Trabalho da Agencia Implementadora de 2015, os conselheiros
e lideranças Apinajé, criticaram e contestaram a proposta de reajustes dos
recursos para funcionamento da Agencia em 2015, que aumentariam mais de 80% em
relação ao ano passado. Os conselheiros e lideranças Apinajé, queixaram se que apesar
dos altos valores gastos pela agencia em nos anos de 2013/14, não foram observados
trabalhos e resultados satisfatórios nas aldeias. Dessa forma apresentaram
proposta de realização reunião de caciques em caráter de URGÊNCIA para tratar
de mudanças na forma de repasse de recursos e execução do PBA.
Para evitar se a suspenção total
do programa o Plano de Trabalho da Agencia Implementadora de 2015 foi aprovado
com ressalvas. Entretanto para continuidade do PBA TIMBIRA em 2015 estamos dependendo de:
a)
Realização de reunião do Conselho Gestor na
sede da Associação Wyty Catë em Carolina (MA), em no máximo 30 dias para e devida
prestação de contas da Agencia Implementadora e e das associações Apinajé e
Krahô, e sua aprovação pelo Conselho Gestor;
b)
Realização URGÊNTE de reunião de caciques na
Terra Apinajé, no inicio de junho de 2015 para tratar de mudanças na forma de
repasse de recursos e execução do PBA na terra indígena Apinajé.
Os
representantes da Fundação Nacional do Índio, senhores Ricardo Burg da Coordenação Geral de Licenciamento CGLIC/FUNAI(DF)
e Jaime Siqueira Junior da Diretoria de
Promoção e Desenvolvimentos Sustentável DPDS/FUNAI(DF) se comprometeram com as
despesas para realizar a reunião de caciques na terra Apinajé, prevista para
ser realizada na 1ª semana de junho próximo. Ficou acertada ainda que a FUNAI/BSB,
Irar apoiar (ou não) a Reunião Extraordinária do Conselho Gestor, prevista para
ser realizada no final de maio em Carolina (MA) para prestações de contas da
Agencia Implementadora e das associações Apinajé e Krahô.
Aldeia São José T. I. Krikati, 30 de abril de
2015
Associação União das Aldeias Apinajé-PEMPXÀ
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