2 de jul. de 2018

MEIO AMBIENTE

Brigadistas indígenas do Prev Fogo e Brigadistas da Defesa Civil dos municípios de Cachoeirinha e Tocantinópolis realizam juntos ações de controle e prevenção aos incêndios florestais na T.I. Apinajé.



O Manejo Integrado do Fogo-MIF, aconteceu nos meses de maio e junho em todas as terras indígenas do estado do Tocantins, e vem sendo realizado pelos Brigadistas indígenas do Prev-Fogo/IBAMA com objetivo de prevenir e controlar os incêndios florestais nas T.Is.

Além dos Brigadistas Indígenas do Prev-Fogo/IBAMA, este ano Brigadistas da Defesa Civil dos municípios de Cachoeirinha e Tocantinópolis no Norte do Tocantins também participaram junto com os indígenas das ações de prevenção e controle do fogo na terra Apinajé. Ao menos 29 homens das duas Brigadas atuaram em conjunto nos dias 28 e 29 de junho em áreas prioritárias da T.I. Apinajé.


Alexandre Conde, Gerente Estadual das Brigadas Indígenas, explicou que o controle e prevenção acontecem priorizando locais aonde existem frutas, áreas de nascentes, locais de reprodução da fauna e regiões estratégicas de divisas da T.I. O MIF consiste basicamente em realizar a queima controlada de áreas de campos mais altas e secas, acerando e eliminando material combustível, evitando que o fogo se espalhe e alcance as matas no período mais seco e crítico do ano.

A época mais difícil, é nos meses de julho a setembro, é nesse período que qualquer incêndio foge facilmente do controle podendo se espalhar com rapidez no capim seco, avançar pelas matas e provocar incalculáveis danos ao meio ambiente. Um incêndio desses fora de controle, pode em alguns minutos danificar plantações, matar animais domésticos, destruir casas; representando uma potencial ameaça às aldeias, povoados e cidades. Tragédias graves podem ocorrer em razão do uso descontrolado, imprudente e irresponsável do fogo.

O indígena Alan Dias Apinagé, Agente do MIF informou que o período de implementação do Manejo Integrado do Fogo-MIF na T.I. Apinajé encerrou se no final de junho, que a partir do início de julho iniciaram as ações de combate aos focos de queimadas em todo o estado, incluindo as terras indígenas.


É importante e necessário o papel dos órgãos governamentais na fiscalização, controle e prevenção aos incêndios florestais. Porém essa atuação para ser bem sucedida muitas vezes depende da cooperação, apoio e participação direta da população sejam urbana e/ou rural. Lembrando que em 2017, foi assinado por órgãos públicos e organizações da sociedade civil do estado do Tocantins o Protocolo do Fogo. Entre outros compromissos assumidos, as organizações que ratificaram o Documento, se comprometem agir para conscientizar e prevenir sobre o uso controlado do fogo.

Devidamente informada sobre os risco e perigos dos incêndios florestais, a população civil também poderá denunciar aos órgãos ambientais possíveis atos criminosos. Os veículos da imprensa local também podem participar divulgando informações alertando a comunidade sobre os cuidados com o fogo. Enfim todos podemos nos mobilizar para evitar danos e prejuízos para nossas comunidades, município, estado e o país. 

É possível sim mobilizar a comunidade no sentido da conscientização e prevenção de desastres e tragédias associados ao uso imprudente do fogo. É importante lembrar que todos os anos os incêndios no Cerrado e florestas de nosso país destrói a vida de nossa fauna e flora, ofuscando ainda mais a imagem de nosso país no contexto internacional.

Terra Indígena Apinajé, 02 de julho de 2018

Associação União das Aldeias Apinajé-Pempxà

Nenhum comentário:

Postar um comentário