JOVENS APINAJÉ E KRAHÔ, PARTICIPAM DE
CURSO SOBRE PRODUÇÃO DE MUDAS
Cursistas Apinajé e Krahô, organizando viveiros. (foto: Antonio Veríssimo. Fev. 2014) |
Nesta semana aconteceu na aldeia Prata, na
Terra Indígena Apinajé, no município de Tocantinópolis, no Norte do Tocantins,
a 1ª etapa do Curso Sobre Produção de
Mudas. O Curso foi realizado com apoio do Serviço de Gestão Ambiental
SEGAT/FUNAI/CR de Palmas (TO) e as aulas foram ministradas pela Engenheira
Florestal, Luana Costa Nogueira, vinculada à ONG-Organização Não-Governamental,
Rede Sementes do Cerrado.
No período de 11 a
15 de fevereiro de 2014, pelo menos 25 jovens indígenas vindos 6 aldeias Apinajé e 2 representantes Krahô da aldeia Manuel Alves, localizada no
município de Itacajá (TO), durante os 5 dias participaram de aulas teóricas (em
sala) e práticas (em campo) e realizaram as seguintes atividades:
• “Dia 11/02/14»
Planejamento, escolhas das espécies para produção e montagem do calendário
fenológico baseado no conhecimento tradicional.
• “Dia 12/02» Organização e marcação das
árvores matrizes para coleta das sementes.
• “Dia 13/02»
Marcação das árvores matrizes, organização dos viveiros, montagem das
sementeiras, preparo do substrato.
Jovem Apinajé, fazendo marcação de matrizes. (foto: Luana Costa
Nogueira. Fev. 2014) |
• “Dia 14/02»
Beneficiamento das sementes coletadas, semeadura indireta, enchimento dos
saquinhos para montagem dos canteiros.
• “Dia 15/02» Produção
de mudas para semeadura direta.
Os alunos
escolheram as espécies nativas como; bacuri, cajá, cupu açú, cacau, aroeira,
jatobá, jenipapo e caju entre outras espécies para serem produzidas nos viveiros. E as mudas serão utilizadas
para recuperação de áreas degradadas dentro das terras Apinajé e Krahô, plantio
em quintais das aldeias e fortalecimento das atividades de produção e venda de
polpas. Serão realizadas ainda expedições para coletas de sementes de espécies nativas do cerrado utilizadas por nosso povo para fins medicinais, alimentares e construção de casas.
Advertimos que
algumas tentativas de implantação de projetos nas aldeias Apinajé, não foram
bem sucedidas por falta de formação continuada e assessoria técnica, portanto
recomendamos que os cursos e oficinas de capacitação, devem persistir
envolvendo cada vez mais os jovens estudantes; homens e mulheres.
Durante essa 1ª
etapa do curso, os cursistas foram assessorados também pelo biólogo Juliano
Piloto do SEGAT/FUNAI/CR de Palmas e pelo técnico indigenista, Marcelo G.
Brasil da FUNAI/CTL de Tocantinópolis (TO). O encerramento do curso será hoje dia
15/02/14, sábado.
Terra Indígena Apinajé, 15 de fevereiro de 2014.
Associação União
das Aldeias Apinajé-PEMPXÀ
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