FUNAI NÃO PROTEGE AS
TERRAS INDÍGENAS E INVASORES CONTINUAM LIVRES EXPLORANDO E ROUBANDO DE FORMA
SISTEMÁTICA MADEIRAS DENTRO DA TERRA APINAJÉ
A
falta de atuação firme, rigorosa e permanente da FUNAI e dos demais Agentes do
Estado, permite que esses invasores continuem livres para agir de maneira
deliberada e impune. Sendo que a lentidão e morosidade dos órgãos públicos
responsáveis pela Proteção do Território Apinajé, também contribui diretamente para
que esses delitos continuem ocorrendo de forma repetitiva, sem que nenhum
suspeito seja investigado, responsabilizado e preso.
Esse
é apenas um dos casos que conseguimos monitorar e tomar conhecimento. A
realidade é bem mais complexa. É provável que todos os dias e noites em alguma
parte do território estejam ocorrendo invasões de caçadores, pescadores,
coletores de frutas nativas e exploradores de madeiras, mesmo assim a FUNAI, o MPF e a Polícia Ambiental são incapazes de investigar e apurar quem são os autores desses crimes ambientais.
Nessa
época de estiagem, para burlar e confundir as Equipes de Monitoramento
Territorial esses delinquentes queimam de forma intencional os campos e as matas
para apagar vestígios e ofuscar sinais dos crimes cometidos. Existem também
alguns que de maneira irresponsável e inconsciente insistem em continuar manejando
de forma incorreta o fogo, utilizando se de práticas equivocadas que consequentemente
implicam em sérios danos à saúde humana e ao meio ambiente causando irreparáveis prejuízos
matériais a toda população indígena e não-indígena da região.
Essa
também é uma forma irracional e traiçoeira que esses criminosos inventaram para dificultar
e desacreditar o trabalho dos jovens Brigadistas Apinajé, que pelo segundo ano consecutivo
atuarão na prevenção e combate às queimadas nesta terra indígena.
Doravante estaremos
alertas e vigilantes conscientizando nossa população e cobrando providências da
FUNAI, do IBAMA, MPF-AGA e da Polícia Rodoviária Ambiental do Tocantins-CIPRA
visando à efetivação da fiscalização para prevenção desses ilícitos. Cabendo ao
MPF, às autoridades policiais e judiciárias a apuração desses crimes ambientais
e a exemplar punição dos responsáveis; sejam índios ou não-índios.
Terra
Apinajé, 06 de julho de 2015
Associação
União das Aldeias Apinajé-PEMPXÀ
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